quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Meninice Infinita


Ela cirandava em volta de mim
Me sorria, me puxava, me guiava
Era a mim
Era a ela
Menina

Ela pulava em minha mente
Me visitava arteira
Seis palmos do chão
Pequena minha
A vida
Menina –brincadeira

Ela sorria em meus braços
Eu a fazia saltar
Me abraçava, fugia e dissimulava
Era a infância
A dela, a minha
A da menina

As cantigas de roda aqui estão
São nossas
Na mente, nos sorrisos, nos abraços
Sou ela, a meninice

As canções de ninar ainda vivem
São meninas-brincadeiras
Arteiras
Que sorriem, pulam, cirandam
E me embalam encantando
“dorme pequena, dorme”
A meninice nunca morre.
-
Para a menina que há dentro de mim e que volta e meia me visita